AVISO!

A leitura deste blogue é expressamente
desaconselhada a todos aqueles que não tenham uma caneca de cerveja (fresca e biba) na mão!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Relatos de um fim-de-semana que soube a pouco

Olá Zés, bêbados, fofos e academicamente, por mim, muito queridos!

Este fim-de-semana foi um dos últimos que tenho aqui “à Napole” por isso quis aproveitá-lo bem…

Na sexta-feira, depois de sair do lab, apanhei boleia com o Gianni, para casa. Nunca tinha andado de Vespa, foi muito giro... Depois do jantar fui com ele a um bar engraçado, perto da faculdade de engenharia. Não me lembro do nome e, mesmo que queira lá voltar sem ele, acho que não vai ser possível, porque não faço ideia de como se vai para lá, só sei mm que depois da faculdade de engenharia n andámos muito... Era fixe o bar, mas era um bocado pesado demais para mim, ele percebeu. Vim embora cedo, até porque o desgraçado, àquela hora (cerca das 23:30) ainda ia apanhar o comboio para a terrinha dele... Mas foi bom, e o Ninno é mesmo um fixe. Bue simpático, muito inteligente e muito equilibrado. (Ah, falta dizer que tb é muito bom!)

No Sábado de manhã, apesar da enorme vontade de dormir, lá me levantei para ir para Capri. Levantei-me para nada, porque o porto estava aberto em Nápoles mas estava fechado em Capri, por isso, niente… Estava com o pessoal que já conhecia e com alguns amigos deles (podres de bons) que passei a conhecer, e, para não desperdiçarmos o tempo, acabámos por vaguear por ali para eu conhecer alguns cantos escondidos e ocasionalmente, muito giros. Va bene!

Depois do almoço fiquei sozinha e foi aí que aconteceu um dos episódios mais interessantes do dia. Quando estava pela Piazza San Domenico (que, às vezes que me refiro a este sítio, já devem ter percebido que gosto muito) junto à entrada do Orientalle estava uma montagem de um boneco em forma de protesto contra algumas medidas do governo. Deixo a foto abaixo:



Quando me aproximei para fotografar e perceber exactamente o que era, acabei por perder o interesse naquilo e direccioná-lo para algo deveras mais interessante: um piqueno jovem, com ar de comunista mas bom como não consigo muito bem descrever, que se abeirou de mim para me explicar o que aquilo era. Quando o Benito percebeu que eu não era portuguesa, sugeriu que nos sentássemos na esplanada do Caffé Arabo, para me pagar um café napolitano e para dois dedos de conversa. A conversa foi óptima embora me tenha perdido uma ou duas vezes… Depois lá sugeriu que fossemos visitar a cidade subterrânea. Devia ser muito giro, embora eu aceitasse qualquer convite que ele me fizesse! A cidade subterrânea ficou para outra altura, porque queriam cobrar-me 10 eur… e fomos visitar a Chiesa Duomo, a Catedral de San Genaro, que é padroeiro de Nápoles. O que vi lá dentro é indescritível! Gostava muito de ter tirado fotos para vos mostrar mas, não só havia cartazes à entrada a advertir o uso de máquinas fotográficas, como polícias no interior, para fazer cumprir essas recomendações. Mas se os altares adornados com peças enormes de prata maciça faziam cair o queixo, olhar para cima e ver os frescos que cobriam todo o espaço das cúpulas era uma verdadeira viagem ao céu descrito na Bíblia…

Depois disto e de mais umas voltas por Spaccanapoli, o Benito voltou para as aulas, pedindo-me que passasse pelo Orientalle, que ele anda sempre por lá, e eu encontrei o Özgür, o turco que mora comigo. Mais umas voltas por ali, e mais umas fotos:

Eu e o Özgür acompanhados de vinho e pizza...

Sppacanapoli, apinhada de gente...

Puccinella, uma figura do folclore de Napoli, cuja história fica para um próximo post...

À noite, as pessoas com quem tinha estado de manhã vieram buscar-me a casa para irmos beber um copo a Piazza Dante, que é onde vai toda a gente… É um sítio muito fixe… muitas luzes, muito movimento, muito barulho… acho que vocês também iam gostar muito daquilo, eu gostei. Gostei tanto que, se calhar um bocado pelo que já tinha bebido, quase que os obriguei a não irmos embora por volta da 1 hora, como eles queriam. Consegui que viéssemos só às 3... Segundo eles, foi uma loucura, mas eu não vejo porquê... Ainda assim foi muito fixe. Infelizmente, não vou poder repetir muito mais vezes... no problem!

No Domingo de manhã, tive a minha tão esperada manhã de sono! Dormi mesmo a manhã toda e soube-me pela vida. Depois do pequeno almoço fui a Puzzuoli. Uma vilinha piscatória a Norte de Nápoles que tem também umas ruínas fantásticas de uma estância balnear do tempo do império romano. São mesmo muito bonitas as ruínas, como eu acho que conseguem ver. (Por falar em ruínas, temos de tirar um dia para ir visitar Conímbriga…)É fantástico imaginar o mundo naquela altura, com base nestes vestígios… Foi, sem dúvida, uma época áurea, com a qual temos muito a aprender…





Mas para além das ruínas, Puzzuoli é muito bonito, tem um castelo que, infelizmente não pude visitar por causa das obras de recuperação que estão a decorrer. Do pequeno e pobre porto de pesca pode ver-se o resto da baía, a ilha de Capri e a ilha de Nisida, que, na verdade, com maré baixa, é uma península, com um quase vestigial braço de terra que a liga a um cabo. Aquela vista, sobre um mar azul e mais calmo que um lago suíço, é simplesmente fantástica… Ali, não se consegue pensar em problemas nem em saudades. Ali, com aquele cheiro a mar e aquele sol a brilhar e a inundar a vista e a alma é-se só feliz.




Simples e humildemente feliz…

2 comentários:

Pintas a Presidente :D