A leitura deste blogue é expressamente desaconselhada a todos aqueles que não tenham uma caneca de cerveja (fresca e biba) na mão!
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Juntos (já) conseguimos
O mundo é pequeno
Os relatos mais promenorizados da viagem deixo no outro blogue. Aqui vou só deixar duas histórias engraçadas.
Como sabem, quando cheguei a Roma, fui para a casa do tipo com quem tinha combinado antes de ir. Surpresa das surpresas, ele diz-me que não está em Roma, para eu lá ir no dia seguinte(ie, hoje). Merda! Toca a dar uma voltinha a ver se encontro alguma coisa alí perto. Niente! Mais merda! Só me restava procurar uma residencial, um hotel ou coisa que o valesse. Entrei em dois que estavam completamente cheios. Depois indicaram-me um. Fui indo, mas nunca mais o via e parei para perguntar num quiosque. Os senhores não conheciam lá nada e disseram para eu perguntar ao sr do café ao lado. Assim fiz. o sr foi muito simpático e procurou-me na internet. Finalmente lá encontrei lugar no Hotel Prius. O último quarto. Deixei as minhas coisa no quarto e fui a uma especie de loja comprar umas coisas para comer.
Regressei ao quarto e a recepcionista pediu-me para sair do quarto 10 min porque havia um problema qualquer com o lavatório da casa de banho e eles queriam arranjar. Assim fiz. Quando estava la em baixo,no lobby, ou lá como se chama, chegou o outro recepcionista (devia ser o gerente ou assim porque mandava um bocado naquilo). Estava eu a navegar na internet à procura de anuncios de casas, e a mal-dizer a minha vida, quando eles começam a falar e ouço Valente, portuhese, lei (e olham para mim). E o moço vira-se para mim e diz, parla portughese? Ao que eu respondo, sim, eu sou portuguesa. E ele diz, portuguesa?A sério? E aproxima-se de mim. Então contou-me que o ano passado esteve em Cascais e que é casado com uma brasileira. Portanto, falava uma especie de portugues. Foi engraçado.
A outra história não mete portugueses mas também é engraçada. Hoje de manhã, antes de sair do Hotel, liguei a várias pessoas para encontrar casa. O tipo com quem tinha combinado disse-me que o quarto, afinal só ia estar pronto para o proximo mês. Como eu não podia ficar um mês no hotel, procurei outras pessoas, até que me lembrei da Prisca. Já tinha falado com ela por e-mail. Telefonei-lhe e o quarto ainda estava libre. Estava. Combinamos às 7 na paragem de metro Laurentina. Ora bem, do sítio onde eu estava, essa paragem era no c#%»&?! Mas ainda nem era meio-dia e eu não tinha nada para fazer... decidi que ia caminhando e logo via. Andei bué, e fui parando para descansar. Quando estava quase a chegar não dava para ir mais a pé e apanhei o autocarro. Aqui é muito estranho a cena de validação dos bilhetes. Já temos que o ter comprado ou assim. Mas ninguém me disse nada, eu nao paguei nada e pedi a uma senhora que me avisasse quando fosse a paragem que eu queria. Assim foi.
Cheguei lá com quase 3 horas de antecedencia. E foi explorando o sítio e vendo as coisas. Aproveitei para ler um jornal, daqueles gratis, tipo o Metro ou o Destak. Cheguei à conclusão que não percebo nada que os jornalistas italianos escrevem. Fiquei a saber que talvez se faça um filme da série Friends e que um estudo americano revela que se as mães trabalharem fora os miudos veem mais tv e comem mais. (grande estudo!)
Agora a cena engraçada. Andei todo o dia com as malas atrás de mim. Como devem imaginar, são pesadas e bem pesadas, de modo que eu transpirava que nem uma vaca (não , não estou a exagerar!). Aquele tanspirado de nos molhar a roupa toda e de ficarmos a pingar. Agora imaginem o meu aspeto de andar a carregar aquele peso todo durante toda a tarde. Sentei-me, por isso, à entrada da paragem. Pousei as malas atrás de mim e encostei-me a ler (ou pelo menos tentar) o jornal. Como lá estive prai duas horas sentada, às tantas aproxima-se de mim um senhor com dez euros na mão. Começa a falar comigo mas eu só percebi birra. E pensei, será que ele quer que lhe vá comprar uma cerveja? E perguntei? Como?? E ele diz. (mas em italiano, não em portugues como o outro) Pega lá dinheiro e vai comprar qualquer coisa para comer. Bem, não estão bem a ver a minha cara de parva quando ele me diz isso. Agora imaginem qual devia ser o meu aspeto para o sr me confundir com uma sem-abrigo. Segundo ele, como eu já lá estava há tanto tempo, pensava que eu nao tinha para onde ir. Eu lá lhe expliquei que estava à espera da moça para ir para casa. Ele foi embora mais descansado. Se fosse agora tinha ficado com os dez euros.
Eheheheh
Miss you laique crazy.
Bacci mile *
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Vida está torta....
A vida vai torta para os que ficaram e para os que partiram.... É um facto que todos nós nos apercebemos....
Uns piores outros melhores mas não está muito fácil este ano.... Muito trabalho se adivinha, muita ansiedade, muita espera, muito stress e não está a ser fácil a ambientação a esta nova vida que se adivinha...
A única coisa que posso deixar neste blog é a esperança para os que ficam e os que partem de que tudo se vai endireitar... Porque tudo resiste ao passar do tempo, porque os que esperam sempre alcançam, porque os que lutam pelo que desejam sempre ganham e porque os amigos sempre perduram mesmo perante as adversidades da vida.
Sei que pareço muito lamechas, mas é o meu espírito (até porque tou naqueles dias :p)....
Só espero que os Zés e os membros honorários desta Tasca percebam a mensagem (e leiam nas entrelinhas)...
Bem haja a todos,
com muito carinho deste Zé Cagão que vos adora.
Miseráveis
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
As regras da sensatez!
Quando se fala de partir e eu me tenho lembrado da razão porque já não vou ao Porto há muito...
Ai Madalena!
Mais uma vez vos falo, desta nossa humilde tasca!
Antes de mais nada, PARABÉNS SÓCRATES, PARABÉNS PARTIDO SOCIALISTA!!! Foi uma vitória mais que merecida e não uma derrota, como diz o Louçã. Mas tudo está bem quando acaba bem, por isso termina aqui, pelo menos por agora, o meu comentário às eleições de hoje.
No fim-de-semana que acaba agora despedimo-nos da Pintarolas, que está de partida para a Bella Italia, e que bem que o fizemos! Depois de tudo combinado com toda a gente, entram os zés (Cagão, Binho e Mamas, ou FlordeEstufa, como se queira) pela cozinha da Clara a dentro. A Pintas, no outro canto, nada de olhar para nós. Foi preciso a Inês bater com as garrafas umas nas outras para ela se voltar para nós e ficar durante 1 minuto com cara de quem acaba de ver uma assombração. Nem nos diz boa noite, nem nos convida para entrar, fica ali, parada, de boca aberta, branca como cal a abanar uma folha de papel para se refazer da emoção, vá! E foi um óptimo jantar, na casa da família Ribeiro, para o qual toda a gente contribuiu, menos a Rita, que não sabia de nada. Seguiu-se uma noite divertida em SJM, na companhia de uns meninos simpáticos, o Vítor; o Bruno, mais conhecido como Princesa das Manteigas; o Diogo, amigo dos outros dois, e o Luís, de Arrifana, O Luís. Uma noite memorável onde, depois de um saltinho no First Floor, nos instalámos no Garden´s ao som de ABBA por um DJ, vá, bom, e ainda com direito a uma passagem fugaz pela Padaria Arrifanense, onde se amassa toda a noite (...) croissants, claro!
No fim desta noite ainda fomos levar a Moniczinha a casa, que trabalharia bem cedo a seguir na paniquitação e eu, como sou uma desocupada e Maria vai com as outras, junto-me a elas e também fico a dormir na casa da Rita. A tomar o pequeno almoço em casa da Rita. A almoçar, a guardar o meu carro na garagem... enfim, por lá. Depois do almoço, enquanto a Monic dormia a sua sesta reparadora depois da correria que é o trabalho dela ao Domingo de manhã, eu,a Rita e a Zita fomos levar SôDona Zé Binho à estação de Aveiro, para que suaxelência apanhasse o Alfa Pendular, em primeira classe, para Lisboa, de modo a chegar a tempo de encontrar as urnas abertas para votar no Ti Socas. Foi por pouco, mas deu tempo!
Voltámos de Aveiro para casa. Fomos votar! Despedi-me do Zé Pintas, sem lhe dar o beliscão que deixasse uma nódoa negra no rabo, até que ela voltasse para casa, entro no carro a correr e quase ignoro a Clara, antes que me desmanchasse a chorar em frente a elas, chorei o caminho todo para casa, como uma madalena (felizmente não estava ninguém em casa quando cheguei, assim não tiive de explicar nada) junto as coisinhas todas, apanho a Monic e cá estamos de regresso à Canção.
O meu quarto tem aspecto de quarto, tem o quadro da vaca pendurado para tapar uma caixa de electricidade, tem uma mesa e não está repleto de caixotes. A Monic já foi dormir, porque está mesmo de rastos, em parte, graças ao sprint que corremos até à praça para ainda apanhar os meus pais que quase iam regressando para Cucujães com o telemóvel que a Monic (cebeça de vento) deixou no carro, como tem deixado em milhões de sítios, ultimamente...
Amanhã também se acaba a boa vida para mim, que começo a trabalhar no lab as nove e não tenho horas para terminar, valha-me a persistência! Por isso, e porque já não estou habituada a estas andanças de acordar cedo para ir trabalhar, acho que fico por aqui, que já estou cheia de sono e de saudades.
Beijos embebidos em licor de amêndoa, meus amendoinzinhos torrados!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Eu sou uma flor!!!
Caros clientes desta nossa amada tasca, aqui venho, por este meio, assumir-me como uma verdadeira flor. Tenho vontade de o fazer, para que não o digam de mim, como se eu disso não tivesse consciência.
E porquê este súbito acesso de franqueza e honestidade? Perguntarão vocês. Pois bem, ontem foi-se embora de Coimbra o Zé Pintas, que aqui já não volta, senão depois de voltar da terra do Papa. E eu, flor, fiquei logo mal do estômago. Pode ter a ver com a quantidade de cerveja que tenho ingerido nos últimos tempos, mas, o que é certo é que ontem jantamos a horas de pessoas normais, fomos tomar café ao Quebra, elas pediram um fino a seguir, eu, nada! Fartas de estar no Quebra, sentadas nas escadas, bota com elas para o Piano Negro, 3 finos, e eu, a meio do meu, pedi à Monic para acabar porque tinha o estômago pesado como se tivesse jantado granito e não filetes de pescada...
Por isso, minhas amigas, podem mudar o meu nome para Zé FlordeEstufa que eu não fico nada mal caracterizada.
Pintas, detesto que te vás embora! Sei que não tenho moral nenhum para não gostar e reclamar, porque no ano passado, por esta altura estava eu a ameaçar ir e fui mesmo e, pior ainda, como se isso não bastasse, quando estiveres a chegar, vou-me embora outra vez. Mas não consigo deixar de estar aqui com um nó na garganta que so me dá vontade de limpar a casa toda (aproveitem enquanto isto dura) que ja limpei tudo e até andei a lavar roupa à mão, vejam lá! Mas não consigo, de maneira nenhuma desatar o nó e só me apetece ficar amuada com o mundo que é assim e nos faz afastar das pessoas, mas enfim, são devaneios que passam...Além disso, daqui a uns dias já estarás de volta, e tudo isto não passará de uma lembrança ridícula.
É certo que tudo muda, mas estes momentos em que o coração parece que vai saltar pela boca fora, fazem sempre uma marca tão funda que ficam parados no tempo e que quando acontecem, permanecem inalterados para sempre! E é assim que sabemos quem realmente vale a pena. Estas marcas não fazem mal, fazem bem. É este aperto no peito que nos faz sentir que vivemos de facto, que não somos só uma massa orgânica com autonomia, movida pela satisfação das necessidades biológicas.
E fico por aqui, que já me estou a dispersar em filosofia barata...