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desaconselhada a todos aqueles que não tenham uma caneca de cerveja (fresca e biba) na mão!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Gente estranha

Esta avenida que percorro todos os dias tem tudo para ser muito agradável. Tem um separador central pintado de amarelo. Tem passeios bastante largos e, ao lado, pinheiros já bem grande com uns pequenos arbustos plantados. Num dos lados da rua há prédios de habitação, do outro lado há um parque que me parece giro, mas que não visitei, ainda. Só que os prédios estão deixados ao desmazelo. As varandas estão atulhadas de coisas e são frequentes os abrigos construídos provisoriamente com chapas e telhas de plástico, mas que parecem destinados a permanecer assim mesmo. Em cada 10 carros, 9 estão amassados e 5, já têm ferrugem... Os estacionamentos são caóticos. Em suma, em tudo se nota um desinteresse muito lamentável. Principalmente no lixo.
Os canteiros de que vos falei estão repletos de lixo de toda a espécie. desde lixo doméstico, a lixo de obras, móveis, televisões, material informático, peças de carros, roupa, colchões e um sem número de outras coisas espalhadas por aquela avenida que entristece, certamente, quem como eu, conhece realidades muito mais agradáveis, como nosso, para mim muito saudoso, país.
pode pensar-se que isto é um problema que cabe ao município resolver, mas não se abarca todo o problema, dessa perspectiva.

Agora há pouco, quando estava a sair do Departamento, já na via Cinthia, que penso ser uma das mais movimentadas aqui, estava no passeio um guarda-chuva partido. Até aqui, tudo bem. Ontem choveu, alguém deixou ali o guarda-chuva que já era inútil. Pouco cívico mas, infelizmente, não muito estranho, também acontece em Portugal. No sentido oposto ao meu vinham um homem e um rapaz com cerca de 15 anos, penso eu. Com a maior naturalidade, o moço deu um chuto no guarda-chuva, que só parou no meio da estrada, mesmo em frente a um dos milhentos carros que ali estão continuamente a passar. Foi uma sorte não lhe ter acertado. O carro travou e voltou a andar como se nada tivesse acontecido. O homem olhou para trás, com o barulho do chuto, mas também não agiu com estranheza alguma...

A conclusão a que eu chego é que, no meio deste quadro, eu fui a única pessoa que achou este acontecimento estranho e, categoricamente inaceitável! E o mais preocupante é que fui mesmo! Terão estas pessoas já um filtro mental que não lhes permite ver as coisas como são e até onde vão os limites da normalidade?

Gente estranha...

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Pintas a Presidente :D