Mi chiamo Diana. Mi chiamono Zé Black.

Aqui o tempo é relativo, mas é tão bom. E faz tão bem. Tenho saudades de quando nos bebíamos até não nos sabermos e de quando éramos tantas e não havia fim. Tem apetecido rir até doer a barriga e até ouvir roncos e até faltar a força nas pernas e rebolar. Tem apetecido ser criança e pequenina ao pé de nós. Tem apetecido falar daquela maneira sem ninguém perceber e sem fazer sentido.

Quando o tempo voltar vamos comprar um par de sapatos para cada uma. Com salto. E vamos andar por aí. Sempre toc toc toc.

Só paramos
[toc] quando a Catarina partir um pé
[toc] quando a Inês perder um sapato
[toc] quando eu partir um salto
[toc] quando a Monic se descalçar
[toc] quando a Rita ficar sem sola e
[toc] quando a Francisca, que vai descalça, encontrar os sapatos dela.


P.S.: Ontem vi-te na Padre António Vieira. Passei e estavas de costas e ia jurar que eras tu. Estavas a falar com um senhor e pensei é ela mas não pode ser ela mas parecias tanto tu parecias mesmo tanto que me deu um choque na barriga. E depois de lado estavas a olhar para o senhor por cima dos óculos. Coimbra não é Itália, mas ia jurar que eras tu.

toc toc toc