AVISO!

A leitura deste blogue é expressamente
desaconselhada a todos aqueles que não tenham uma caneca de cerveja (fresca e biba) na mão!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Três ou quatro razões que me fazem esquecer as saudades...

Minhas tasconas distantes que tanta falta me fazem!


Antes de mais nada, quero pedir desculpa por tão ter deixado muita coisa nesta tasca ultimamente, mas como estive mais ou menos doente e passei mais tempo na cama, não estava propriamente muito inspirada para deixar aqui muita coisa. De qualquer forma, já estou bem melhor, acho que, em parte, graças ao chá de limão com mel, que bebi aos litros para ver se me punha boa. Não pensem que me alheei do que por aqui se tem passado. Antes, pelo contrário, tenho vindo assiduamente a este nosso balcão saber novidades desse nosso mundo que, por estar tão longe, às vezes me faz sentir um peixe fora de água. Como disse no outro dia ao Palites, parece que cada dia se torna mais distante a recordação que trago de casa, e tenho de fazer sempre um esforço para me aguentar, de manhã. Mas, eu estou em Itália e, assim que saio à rua, vejo sempre três ou quatro razões que me fazem esquecer as saudades e pensar em coisas que são um bocado impuras para as descrever aqui… Por isso acabo sempre por sorrir e ter a certeza que estou no sítio certo. Tenho vontade de ir para casa, mas sei que vou ter saudades, talvez irreversíveis da vida aqui. E já só 20 dias para apanhar o avião e voar para vocês…

Claro que, lendo os últimos bilhetes deste balcão, fico com uma enorme vontade de aí estar o mais depressa possível para vos acompanhar nessa árdua tarefa que é fazer justeza à nossa classificação sistemática de “Estudantes de Coimbra”, e com isto quero dizer que estou mortinha por ir apanhar uma verdadeira borracheira com vocês CUCAs. Não sei se esperarão por mim, até daqui a 20 dias, mas sei que, quer esperem, quer não, hão-de acompanhar-me com certeza!!! Ecco

Quanto à puta das nossas vidas quando eu e o Zé Pintas acabarmos, respectivamente o Mestrado e a Licenciatura, suponho que não seja com surpresa que conheçam a minha subscrição a esta, tão sábia, sugestão do nosso amigo Binho! Subscrevo totalmente e digo mais, vamos lá ver se tomamos qualquer coisa tipo KGB, antes, e Guronsan, depois, para não morrermos todas… porque, de facto faço tenções de me exceder bastante uma vez que não tenho ideia do que devo fazer com a minha vida depois disso. A única certeza que tenho, neste momento, é que vou acabar o Mestrado, depois disso, acho que nem o Jesus, que é bué meu amigo, sabe o que vou fazer!!! Mas, como diz a Inês, até lavar os cestos ainda é vindima, não é?


Hoje estava a pensar sair para visitar uma data de igrejas, que são os edifícios mais ricamente ornamentados aqui do sítio. Tenho passado por imensas mas não tenho entrado porque aqui os muçulmanos não podem entrar e, por solidariedade, ninguém costuma entrar. Mas, dormi tanto de manhã e agora de tarde está tanto frio que não quero sair, talvez vá só tomar um café mais logo. Está mesmo frio! Ontem passei o tempo todo agarrada ao meu nariz, às voltas em Spaccanapoli, no meio de uma multidão que deambulava por aquelas longas ruas apinhadas de vendedores e compradores anestesiados pela magia do Natal, que se iam perdendo no meio de figuras de presépio, imagens do Pai-Natal, a viajar de todas as maneiras possíveis, desde pára-quedas a concordes, helicópteros, motos-4, passando, claro, pelo tradicional trenó com as renas à frente. Não sei se é geral, mas, pelo menos naquela rua, a magia do Natal faz-se sentir MESMO. Há de tudo para se comprar porque é Natal! Entrámos numa lojas que tinha dois pisos e estava inteiramente dedicada a decorações de Natal. Tinha uma montra gigante com o que chamava a “Cittá del Natale” e era exactamente como aqueles anúncios da Coca-Cola, por esta altura, com cidades em miniatura cheias de luzinhas e bonequinhos e bué coisinhas fofinhas e pequeninas, capicce? Apetecia-me comprar tudo, porque achava que tudo ia ficar maravilhosamente bem na CUCA, mas lá consegui conter-me!


Pois é, também aqui já cheira a Natal como deve ser! Está verdadeiramente frio e vê-se na rua gente com gorros de Pai-Natal e hastes de renas nas cabeças, e está toda a gente muito divertida e muito sorridente. De repente, parece que aquela expressão indiferente e bruta dos napolitanos desapareceu, para dar lugar a um semblante pleno de harmonia e serenidade. Com esta época do ano, instala-se o frio nas ruas e o calor dentro dos corações. Inclusive dentro do meu, que até nem costuma ser muito frio durante o resto do ano. Fico mole, sorridente e parva a pensar em todas as pessoas de quem gosto, e chego sempre à conclusão que gosto muito!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Pintas a Presidente :D